terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Para sempre?



Quantas vidas darias tu por uma vida de amor? Quantos sonhos a dois transportas para os teus dias aguardando ansiosamente pela chegada das noites? Foi o teu último dia. A noite já tinha ido. Aparições como essa fazem crer que nada vale tanto quanto um amor simples mas verdadeiro. É na simplicidade que os olhares se cruzam. É de intimidade que se fazem beijos. É de um projecto de vida que ela surge. É de histórias, de passado, de presente e anseios de futuro que se vive. Vive-se o amor, o ódio. Vive-se. É o descontrolo da tua respiração que se faz ouvir. É o meu coração que bate mais depressa e se revela apressado por te encontrar, amar e guardar. Na mesa estão todas as oportunidades. Estão os caminhos, as escolhas e nada disso se perde se não te perderes. Nada do que é verdadeiro se perde. Brilharam as estrelas, a lua esteve lá e a areia juntou-se ao cenário perfeito que jamais teria existido sem amor. Fui toque, fui desejo, fui o teu beijo. Fui luz que se apagou. Que piscou. Fui luz que revelou o que o coração guardou. Do chão pisado ao céu espreitado, tudo se manteve. Guardei as tuas pestanas. Guardei nos meus os teus olhos. Guardei a palavra "amo-te" para descrever o que sentia sempre que um abraço não te chegasse. Guardei o que foi bom de guardar. Guardei no lugar mais importante o que de mais importante tive. Foi amor. É amor. Jamais deixará de ser amor. 

O adeus será sempre temporário. Dois corações não se largam quando têm como lugar um lugar comum. 

Filipe Carvalho

Sem comentários:

Enviar um comentário