No Dia Mundial da Rádio, a entrevista com um jovem talentoso que faz da comunicação o seu projecto de vida. Com apenas vinte e um anos, Pedro Ramos Bichardo conta já com grandes experiências na sua vida profissional e não deixa de sonhar.
Quem é o Pedro Miguel Ramos Bichardo?
O
Pedro Miguel Ramos Bichardo é um menino que vive a vida cheia de sonhos e os transforma, a maioria das vezes, em objectivos e luta por eles como se não
existisse amanhã. Gosto de felicidade e odeio tristezas e menosprezo qualquer
tipo de maldade vinda das pessoas, porque gosto muito de acreditar que as
pessoas não têm maldade apenas não estão no caminho certo. Amo a comunicação
com o "outro" e por essa razão penso que a minha vida passa pela
televisão e pela rádio onde já sou muito feliz. Isto é muito difícil nos
descrevermos (risos)
Menino para que idade?
21
anos mas já muito vividos.
Como é que surge o teu sonho pelo
mundo da comunicação?
Acho
que já quis ser mil e uma coisas quando era criança mas o que me fascinava era
a TV e ver como os apresentadores tocavam os telespectadores mesmo à distância.
Além disso, eu e um dos meus primos tínhamos como brincadeiras cada um ter a
sua televisão e os seus programas e o gosto foi crescendo até ter a certeza que
mais que uma paixão, era o meu objectivo de vida.
Em que momento surgiu essa certeza?
Penso
que há uma altura da adolescência em que começamos a fazer um pouco da nossa
antevisão para a vida e eu também passei por essa fase. Analisei os prós e os
contras do que mais gostava e a verdade é que os prós estavam todos do lado da
Comunicação Social. Decidi então arriscar e concorrer ao "Repórter Por Um
Dia" dos Ídolos 2012 para tentar perceber toda a mecânica do que é ser um
repórter/apresentador de TV e no final tive a confirmação de que seria mesmo
por aqueles bastidores e plateaus que passararia a minha vida.
Que emoções sentiste nesse momento?
O
nervosismo era muito e confesso que isso me condicionou um pouco no início
porque não sabia muito bem com o que contar. Mas tive uma óptima ajuda do cameraman que me acompanhou nesse dia e
me ajudou a libertar. A felicidade de ouvir um "está a gravar" é
inexplicável e difícil de mostrar. E é reconfortante o facto de saberes que
naquele momento és os olhos, os ouvidos e a boca dos telespectadores e que estás
a relatar algo que eles querem ver ou saber.
É no entretenimento que te revês enquanto comunicador?
Sem
dúvida! As pessoas que me conhecem sabem perfeitamente que a seriedade só faz
parte de mim quando sou obrigado. Caso contrário, as risadas e a boa disposição
estão sempre presentes mesmo quando as coisas não correm tão bem e por essa
razão seria impossível estar com aquele ar sério a dar notícias. Além disso, eu
gosto muito da proximidade com o público e isso só se tem no entretenimento.
Quais são as características que,
para ti, um apresentador deve ter para alcançar o sucesso?
Primeiro,
ser apresentador por paixão e não pela fama. Segundo, amar as pessoas
independentemente de raças, feitios ou qualquer diferença. E em terceiro mas
não menos importante fazer as coisas com verdade e realizá-las a pensar no que
o público que ver e não nos próprios gostos.
Que tipo de formatos gostavas de
apresentar em televisão?
Gosto
muito dos conceitos talent-show e reality-show. Porém, no início, gostaria
de um formato mais virado para as entrevistas ou um magazine.
Quem são as tuas referências
televisivas actualmente? E porquê?
Essa
pergunta é difícil porque tento tirar o que de melhor têm alguns apresentadores
que admiro, como é o caso da Cristina Ferreira, que é uma apresentadora do povo
e consegue ter muitos espectadores a identificarem-se com ela ou por exemplo a
Júlia Pinheiro que é fantástica no improviso e Manuel Luís Goucha que é um
sábio e super inteligente na forma que conduz o seu discurso televisivo. Mas se
me perguntares fora das câmaras, senhores que admiro tenho José Eduardo Moniz,
Francisco Pinto Balsemão e Pedro Boucherie Mendes que tornaram e ainda tornam a
televisão portuguesa mais rica nas decisões que levam a cabo.
À parte dos sonhos televisivos que
tens, o teu percurso começou em rádio. Fala-nos sobre esse momento.
Bem,
eu estava a viver em Portalegre e a paixão pela comunicação social consumia-me
cada vez mais e infelizmente as oportunidades no Alentejo, falando apenas nesta
área, são muito reduzidas. Contudo, existe a Rádio Portalegre que é muito
conceituada naquela região e eu decidi enviar um e-mail mais numa de tentar o
sim, visto que o não está sempre garantido. Mas não estava com muita fé. A
verdade é que me chamaram para uma entrevista à qual eu fui e passados uns dias
recebi uma SMS a dizer que a minha proposta tinha sido aceite. Foi, sem dúvida,
um dos momentos altos da minha curta vida. E tudo começou aí. Iniciei-me nas
emissões diárias da tarde com mais uma locutora fantástica, a São Neto e foi
com ela que fui crescendo como comunicador e locutor de rádio.
Colaboras com a Rádio PopularFM há
pouco mais de um ano e fazes actualmente o programa Toma Lá Dois. Como está a
ser esta experiência?
Foi
uma experiência que partilhei contigo de início e que foi fantástica apesar de
curta. Actualmente, é muito desafiante para mim conduzir cinco horas de emissão
onde muitas vezes o improviso é o prato principal. É desgastante mas é a minha
droga semanal, desculpem-me a expressão. A hora do ouvinte é sem dúvida a minha
favorita porque é quando entro em contacto com o público e me contam como foi a
semana, mandam os seus beijos e abraços e nós nunca estamos à espera do que vem
do outro lado mas, regra geral, corre sempre muito bem. Mas se quiserem ouvir é
aos Domingos entre as 14h e as 19h. Passo a publicidade (risos)!
Está passada a publicidade. Fiquem
atentos ao programa do Pedro (risos)!
O que esperas daqui para a frente?
Novos
projectos. Adoro o cheirinho a novo (risos). Agora a sério… Gosto de
experimentar formatos novos e é nisso que vou tentar apostar no que diz respeito
à rádio. Quanto à televisão tenho criado o objectivo de entrar mais nessa área
e agora que venham castings e oportunidades que eu estou aqui para as agarrar e
lutar por elas.
Deixa um conselho àqueles que te
lêem e têm como objectivo alcançar um sonho.
Os
sonhos só são impossíveis de alcançar para aqueles que se acomodam à vida que
têm e deixam-na passar sem lhe darem grande importância. Aproveitem esta
oportunidade que é única e se tiverem sonhos lutem, sofram e vibrem por eles e,
como é óbvio, não esqueçam o trabalho. Tudo é possível se quisermos muito e
trabalharmos para isso.
Se os teus sonhos falassem, o que
diriam de ti?
Que
sou um grande chato e não os deixo sossegados na minha cabeça. E que lhes dou
uma grande trabalheira quando os começo a idealizar e a lutar por eles. (risos)
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