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Espero
encontrar-te, meu amor. No meio de todos os nossos erros, eu espero que haja
espaço para te encontrar. Muda de vida, de pessoas, de atitudes, mas tu sabes
que tudo o que é de coração não muda com um simples estalar de dedos. E eu
também sei, meu amor… Sei que no meio de muitos erros e vidas, estás tu e o teu
sorriso. Sei que no meio dos problemas, no porto de abrigo que idealizo, estás
tu. É lá que te encontro, num abraço forte e profundo, onde não há espaço para os
horrores da vida.
Nesse
abraço beija-te o meu pensamento, pensamento que faz de ti o amor da minha
vida. Vida que acaba todos os dias ao ver que partiste, e que renasce todos os
dias ao relembrar-te em canções, espaços e sorrisos.
Fomos
a história que ficou por escrever. As mãos que ficaram por dar. Os corpos que
se uniram em noites sem fim, em busca da paixão que sufoca, magoa, felicita e
envolve de forma ardente, no meu corpo que ainda te sente.
Continuamos
a ser a história que ficou por viver. As viagens por fazer. O mundo por
conhecer. Continuamos um do outro porque é de coração que te encontro sempre
que acordo e não ocupas na cama o lugar que te deixei na vida. Continuamos
vivos porque não sei ver-te morrer. Ou então, que morram comigo os sonhos que
sonhei porque sem ti, meu amor, nem eu sei quem serei, para onde irei.
É
muito tarde e a tua mão já não puxa a minha para dormir, no teu jeito de me
prender a ti para que não fuja. Então é mais uma noite em que te procuro e
espero, num quase desespero, do qual não me desapego.
Amanheceu,
não voltei a ser teu. Qual vida esta que te perdeu?
Mais
um dia, depois de tantos… Meu amor, até quando...?
Por Filipe Carvalho
Janeiro 2015
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