quarta-feira, 25 de março de 2015

A Única Mulher | Opinião



Imagem retirada do Google


Estreou a 15 de Março a nova novela da TVI e foi um sucesso, tendo sido vista por mais de um milhão e meio de espectadores, ultrapassando a grande aposta da SIC, «Mar Salgado».

Anunciada por José Eduardo Moniz como a maior aposta de ficção da TVI dos últimos anos, a trama de Maria João Mira conta com um elenco de luxo, composto por Alexandra Lencastre, José Wallenstein, Lia Gama, Rita Pereira, Paula Neves, Lourenço Ortigão, Ana Sofia Martins, Paulo Pires, entre outros.

Confesso que gostei muito da estreia, embora a tenha sentido demasiado focada na história de Luís Miguel (Lourenço Ortigão) e Mara (Ana Sofia Martins), muito baseada em clichés, e que acabou por tornar-se maçadora, já que queria conhecer mais enredos e personagens. 

Já as imagens recolhidas entre Portugal e Angola encheram a vista de quem assistiu e demonstraram ser a escolha acertada, já que ver Angola nestes novos tempos era motivo de curiosidade por parte de muitos.

Depois de mais de uma semana de episódios que abordam o racismo, a traição, a ganância e muitos outros assuntos, a história desenrolou-se, mostrou-se mais versátil e apelativa, e deu destaque às brilhantes interpretações de Alexandra Lencastre e Ângelo Torres (Pilar Sacramento e Norberto Venâncio, respectivamente, n’ «A Única Mulher»).

Já a estreante na representação, Ana Sofia Martins, que interpreta a protagonista Mara Venâncio, mostrou estar à altura do desafio. Começou tímida mas tem demonstrado mais verdade de cena para cena e a sua escolha começa a fazer mais sentido. Uma boa surpresa que terá uma evolução muito positiva.

Uma chamada de atenção para a banda sonora extremamente bem pensada, muito versátil e moderna, que acompanha de forma exemplar o desenrolar da história.

No geral, «A Única Mulher» está bem conseguida. Mas será que é suficiente para destronar a novela líder de audiências «Mar Salgado»? Há que aguardar porque o mais importante é a qualidade e essa não tem faltado.


Por Filipe Carvalho

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