terça-feira, 31 de março de 2015

E a Rita Ferro Rodrigues?


Fotografia retirada do Google


Gosto muito dela. Como quem gosta de alguém que nos pertence de alguma forma. E, vistas bem as coisas, a Rita pertence a todos aqueles que a assistem, ou assistiram, nas suas várias aparições televisivas.

A Rita Ferro Rodrigues, como é conhecida, conquistou-me quando começou a apresentar o «Contacto», antigo programa das tardes da SIC, ao lado de Nuno Graciano.

É uma mulher que se chega à frente, sem medos, e que facilmente capta as atenções de qualquer um. Tem uma presença única, sabe estar, sabe ouvir e coloca as questões certas, na altura certa, com a enorme sensibilidade que lhe é conhecida. Nasceu para comunicar. É inegável. Será que quem de direito já reparou verdadeiramente nisso? Creio que não.

Fotografia retirada do Google
A SIC, ao longo dos últimos anos, tem renovado o seu day time, que resultou em ter Júlia Pinheiro e João Paulo Rodrigues nas manhãs, e Luciana Abreu, João Baião e Andreia Rodrigues nas tardes. Até aqui, tudo certo… Ou não. Onde está o lugar que a Rita merece? Não está e é um erro, como foi um erro ter deixado sair Nuno Graciano, mas este assunto ficará para depois.

Como espectador extremamente atento e como futuro profissional de televisão, espero eu, considero um enorme erro não haver espaço para a enorme apresentadora que é a Rita Ferro Rodrigues. É óptima no entretenimento, muito elegante e excelente profissional, que sempre agarrou cada oportunidade que lhe foi dada como a primeira e a última: com muito empenho.

Apresenta o Portugal em Festa? Sim, mas não chega. Alguma coisa contra os apresentadores acima mencionados? Nada. Apenas um enorme gosto em ver em antena uma das apresentadoras que mais me marcou. Como é mulher que não se deixa ficar, criou com Iva Domingues a plataforma #MariaCapaz, onde se discutem ideias e se luta pela afirmação do papel da mulher na sociedade. 

Gosto de ti, Rita. Mesmo. Um dia quero trabalhar contigo!

Por Filipe Carvalho

domingo, 29 de março de 2015

E depois da meia-noite?! | Opinião





Foi a 15 de Março que terminou mais uma edição do Secret Story – Casa dos Segredos e, com o fim, acabou também a companhia de muitos espectadores após a meia-noite.

Se há muitos que dizem que a Casa dos Segredos é um mau programa, há também muitos que sabem, e sentem, que os Extras do programa eram a companhia dos que, como eu, têm por hábito deitar-se mais tarde e gostam de ser entretidos em português.

Então e agora? O que é que nos entretém em português? Filmes? Todos os dias? Não gosto. E lamento que as televisões não tenham o cuidado de ter conteúdos na nossa língua, não contando com os concursos para, e desculpem-me a expressão, “sacar” dinheiro ou com aqueles programas das cartas, com o mesmo intuito. Desculpem-me os que gostam, mas a mim não me entretém. Além disso, se quiser ver filmes ou séries procuro outros canais com mais oferta.

Será que algum dos programadores televisivos pensa naqueles que gostam de ver conteúdos na sua língua? Ou pensa naqueles que não percebem outras línguas que não a sua? Pensa naqueles que não conseguem ler legendas porque não vêem bem ou que nem sequer sabem ler?

É preciso pensar porque os há, tal como é possível concretizar programas em português, de baixo custo, numa altura em que se pensa tanto e só em dinheiro, que contenham qualidade e que envolvam mais conhecimento e entretenimento. A televisão generalista não pode ser só para alguns. Não pode ser para maiorias só em alguns horários. Não pode só ser pensada em detalhe quando dá mais dinheiro, porque nem sempre é assim.

A televisão tem o dever de unir e envolver. Eu sei. Basta-me apenas observar a minha avó, que muito vive da companhia da televisão diariamente, para perceber que depois da meia-noite nada encontra para ver e para se entreter.

Não falta público. Não faltam profissionais com vontade de fazer bem. E não mais faltará vontade de ligar a televisão, de certeza absoluta, para ouvir em português e, não menos importante, encontrar uma boa companhia antes de dormir.


Senhores da televisão, e depois da meia-noite?

Por Filipe Carvalho

sábado, 28 de março de 2015

Ser para Crer




Passamos os tempos a ouvir promessas, desde crianças até, e muitas delas não são sequer cumpridas. Muitas delas são, aliás, uma espécie de silenciador do qual não nos apercebemos. E não nos apercebemos porque queremos, a todo o custo, uma resposta que nos satisfaça ou alivie, mesmo quando sabemos que nada passará de palavras.

Com o tempo, e acima de tudo com as experiências que a vida nos proporciona, das duas, uma: ou nos acostumamos às promessas que não se cumprirão, ou esperamos «Ser para Crer».

Tudo passa a ser mais simples quando não criamos expectativas em relação aos outros e àquilo que podem ou não proporcionar-nos. O tempo carrega menos ansiedade quando passamos a guiar-nos mais pelos actos que pelas palavras que, com o tempo e mau uso, perderam credibilidade.

Não. Não podemos esperar tanto assim das pessoas que muito falam e pouco cumprem. A vida faz-se de actos, sejam eles bons ou maus, e acompanha-se de palavras. Amemo-las mas não as usemos levianamente, em prol de conquistas sem sentimento, com promessas interiores que jamais se expressarão.

Como tudo na vida, o melhor é deixarmos «Ser para Crer» …

Por Filipe Carvalho

sexta-feira, 27 de março de 2015

Amor Incondicional

Porque o amor se manifesta de várias formas, resolvi apresentar-lhe um dos grandes amores da minha vida: o Zeus. O meu companheiro.


Conheci-o há pouco mais de dois anos, ao partilhar casa com um amigo, e eu, que não gostava de gatos por ter medo, passei a amá-lo. Mas não foi um amor imediato… Conheci-o ainda bebé, e já fugia dele pela casa. Tinha medo e não queria grande proximidade. Isto, claro, até ao dia em que me sentei no sofá, não fugi dele e deixei que se deitasse no meu colo. E aí não houve qualquer hipótese de fuga.


Comecei por sentir um enorme carinho ao ver o quão inocente e inofensivo era. Dei de mim, como ele deu de si sem pedir muito e nasceu o amor. Sem qualquer sombra de dúvidas.
O Zeus, o meu Zeus, é um gato com comportamento de cão. Segue-me para todo o lado, com todo o seu ar e andar de galã, pede-me atenção constantemente e acabou por revelar-se pouco independente de mim, como seria de esperar sendo ele um gato.

Se eu estiver sentado no sofá e ele estiver sentado ou deitado ao lado, como costuma acontecer, e se me levantar para ir à cozinha, por exemplo, ele vai atrás, a reclamar ao seu jeito, que é como quem diz, vai num miar intenso, como quem diz “Estava eu tão bem deitado na tua companhia e tu foste levantar-te para quê?”.

O Zeus é um verdadeiro companheiro. Sente quando estou mal e fica lá. Olha-me com carinho, mia baixinho para afirmar que está ali, sem querer perturbar o momento. Mantém-se, firme, sem colocar questões. Sem julgar. Está. Apenas. E às vezes, nos momentos mais complicados, só queremos que alguém esteja.


O Zeus é o gato que mia incessantemente até que o acompanhe à divisão da casa onde tem a comida, porque não quero comer a ração sem ter companhia. É o gato que adora ficar na janela a apanhar sol e vento no focinho e que adora tomar banho. De gato, tem a grande mania de ir parar aos sítios mais estranhos da casa. Dorme encostado à minha cara, é muitas vezes o meu despertador fora de horas e o meu calmante, mas é, acima de tudo e qualquer coisa, todos os dias, um dos grandes amores da minha vida.

Não abdico dele como ele jamais abdicou de mim. Amo-o. Todos os dias.


Por Filipe Carvalho

quinta-feira, 26 de março de 2015

Dança com as Estrelas | Opinião


Estreou no passado domingo, 22 de Março, a terceira edição do Dança com as Estrelas, na TVI.

Imagem retirada do Google

Mais uma vez apresentado por Cristina Ferreira, a nova edição conta também com Pedro Teixeira, concorrente na primeira edição, que renova assim a sua experiência como apresentador. A estação de Queluz de Baixo quis inovar e achou que esta seria uma boa forma. Era necessária a presença do actor? Não. Acrescenta algo ao programa? Sim. Acrescenta boa-disposição nas suas intervenções e beleza. Mas pouco mais. Tem talento que precisa de ser trabalhado, merece a oportunidade e a TVI precisa de novos apresentadores com perfil talhado para os grandes formatos. Até aqui, tudo bem.

Recordemos o que passou: a primeira edição contou com Paulo Fernandes, actual locutor da rádio M80, que representou muito bem o seu papel. Já a segunda edição do formato de dança, abdicou do locutor de rádio, alterando ligeiramente a dinâmica do programa que, a meu ver, melhorou bastante.
Houve inovação neste regresso da Dança com as Estrelas ao trazer Pedro Teixeira? Não. Houve apenas o retomar da dinâmica da primeira edição, sendo que apenas o apresentador mudou. 

Voltando a Pedro Teixeira: acho que lhe correu bem a estreia, mas não foi perfeita. O actor, e agora apresentador, apesar de ter talento e graça, precisa de preparar melhor as perguntas e apreender os tempos televisivos para não deixar que o silêncio se apodere do momento. O sorriso não salva tudo. E já dizia a Teresa Guilherme, numa das aulas que me deu, que o melhor improviso é aquele que está preparado.

Já a gala de estreia, no geral, não surpreendeu. Esperava a dança por parte de Cristina Ferreira e um vestido surpreendente, que a meio mudasse, como tantas vezes. Afinal de contas, mesmo não sendo assim tão importante, estes factores tinham impacto e suscitavam muita curiosidade. A abertura, apesar de bem coreografada, também não foi surpreendente do ponto de vista do impacto, mas teve ritmo e animou.

Os participantes, esses sim, agradaram-me na sua maioria. Não gostei de ver Laura Figueiredo nem Nuno Janeiro. Não lhes vi carisma e ter corpos bonitos não chega, a meu ver, para dar espectáculo e para serem considerados “estrelas”.
Gostei particularmente das prestações de Isabel Silva, Kátia Aveiro e Cuca Roseta, e lamento a expulsão da concorrente madeirense que, como bem sabemos, saiu prejudicada por ser irmã de Cristiano Ronaldo. É triste.

Já o grupo de jurados, composto por Alberto Rodrigues, Alexandra Lencastre e Cifrão, continua igual a si mesmo. Não desilude e mantém o programa com chama, emoção e qualidade.

Haverá surpresas? Teremos boas actuações nos próximos domingos? Estou certo que sim. Venha a dança porque este é o meu programa de domingo à noite!

P.s.: Cristina Ferreira, gosto muito de ti mas não grites tanto! Por favor!



Por Filipe Carvalho


quarta-feira, 25 de março de 2015

A Única Mulher | Opinião



Imagem retirada do Google


Estreou a 15 de Março a nova novela da TVI e foi um sucesso, tendo sido vista por mais de um milhão e meio de espectadores, ultrapassando a grande aposta da SIC, «Mar Salgado».

Anunciada por José Eduardo Moniz como a maior aposta de ficção da TVI dos últimos anos, a trama de Maria João Mira conta com um elenco de luxo, composto por Alexandra Lencastre, José Wallenstein, Lia Gama, Rita Pereira, Paula Neves, Lourenço Ortigão, Ana Sofia Martins, Paulo Pires, entre outros.

Confesso que gostei muito da estreia, embora a tenha sentido demasiado focada na história de Luís Miguel (Lourenço Ortigão) e Mara (Ana Sofia Martins), muito baseada em clichés, e que acabou por tornar-se maçadora, já que queria conhecer mais enredos e personagens. 

Já as imagens recolhidas entre Portugal e Angola encheram a vista de quem assistiu e demonstraram ser a escolha acertada, já que ver Angola nestes novos tempos era motivo de curiosidade por parte de muitos.

Depois de mais de uma semana de episódios que abordam o racismo, a traição, a ganância e muitos outros assuntos, a história desenrolou-se, mostrou-se mais versátil e apelativa, e deu destaque às brilhantes interpretações de Alexandra Lencastre e Ângelo Torres (Pilar Sacramento e Norberto Venâncio, respectivamente, n’ «A Única Mulher»).

Já a estreante na representação, Ana Sofia Martins, que interpreta a protagonista Mara Venâncio, mostrou estar à altura do desafio. Começou tímida mas tem demonstrado mais verdade de cena para cena e a sua escolha começa a fazer mais sentido. Uma boa surpresa que terá uma evolução muito positiva.

Uma chamada de atenção para a banda sonora extremamente bem pensada, muito versátil e moderna, que acompanha de forma exemplar o desenrolar da história.

No geral, «A Única Mulher» está bem conseguida. Mas será que é suficiente para destronar a novela líder de audiências «Mar Salgado»? Há que aguardar porque o mais importante é a qualidade e essa não tem faltado.


Por Filipe Carvalho

segunda-feira, 16 de março de 2015

Meu amor, até quando?


Imagem retirada do Google


Espero encontrar-te, meu amor. No meio de todos os nossos erros, eu espero que haja espaço para te encontrar. Muda de vida, de pessoas, de atitudes, mas tu sabes que tudo o que é de coração não muda com um simples estalar de dedos. E eu também sei, meu amor… Sei que no meio de muitos erros e vidas, estás tu e o teu sorriso. Sei que no meio dos problemas, no porto de abrigo que idealizo, estás tu. É lá que te encontro, num abraço forte e profundo, onde não há espaço para os horrores da vida.

Nesse abraço beija-te o meu pensamento, pensamento que faz de ti o amor da minha vida. Vida que acaba todos os dias ao ver que partiste, e que renasce todos os dias ao relembrar-te em canções, espaços e sorrisos.

Fomos a história que ficou por escrever. As mãos que ficaram por dar. Os corpos que se uniram em noites sem fim, em busca da paixão que sufoca, magoa, felicita e envolve de forma ardente, no meu corpo que ainda te sente.

Continuamos a ser a história que ficou por viver. As viagens por fazer. O mundo por conhecer. Continuamos um do outro porque é de coração que te encontro sempre que acordo e não ocupas na cama o lugar que te deixei na vida. Continuamos vivos porque não sei ver-te morrer. Ou então, que morram comigo os sonhos que sonhei porque sem ti, meu amor, nem eu sei quem serei, para onde irei.

É muito tarde e a tua mão já não puxa a minha para dormir, no teu jeito de me prender a ti para que não fuja. Então é mais uma noite em que te procuro e espero, num quase desespero, do qual não me desapego.

Amanheceu, não voltei a ser teu. Qual vida esta que te perdeu?
Mais um dia, depois de tantos… Meu amor, até quando...?


Por Filipe Carvalho
Janeiro 2015