Formada em jornalismo, é uma mulher que se lança aos desafios. É uma das mais bonitas e talentosas apresentadoras de televisão do nosso país e não abdica da verdade que impõe na sua vida e no seu dia-a-dia. Nasceu em Vila do Conde mas já viveu um pouco por todo o país e está agora n' A Entrevista.
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“Gosto
de me sentar e ouvir as pessoas! Sempre gostei de as ouvir. Aprende-se muito ao
ouvi-las. Vidas diferentes, modos de pensar… experiências. Ao ouvir as
amarguras e alegrias, crescemos, aprendemos. Só se não quisermos é que não nos
tornamos melhores.” Ainda é este o lema que segue?
Deixaria de ser eu se não mantivesse essa
característica. Continuo a adorar ouvir as pessoas, mantenho totalmente a mesma
opinião.
Ser
apresentadora de televisão foi uma oportunidade que surgiu e que a Diana
agarrou. Como é que encarou o desafio?
Soube por um amigo que havia um casting do CC (Curto Circuito - Programa de televisão da SIC Radical),
decidi participar, fiquei nas finalistas, fui passando as fases com óptimos
desempenhos e ganhei! Foi um esforço muito grande na altura porque estava a
trabalhar numa rádio de informação, a estudar na minha pós-graduação e a vir a
Lisboa aos castings. Mas correu bem! J Mas
foram meses duros.
É
uma mulher que se lança aos desafios?
Completamente. A vida só tem graça assim.
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Quais
são os próximos?
Neste momento acabei as gravações da segunda
temporada do Fair Play da Bola TV e estou a gravar os programas do Rock in Rio,
assim como há dois anos, mas nesta edição comemorativa dos 10 anos com um
desafio ainda maior de coordenar. Fiquei muito contente com o convite e vou
fazer tudo para estar à altura.
A
Diana demonstra uma grande sensibilidade na forma como lida com os fãs na sua
página de facebook. É essencial manter esta relação de proximidade?
É completamente natural. Não sou de forçar nada
nem gosto de coisas forçadas. Não sou assim no ar nem em nada na vida. E nas
redes sociais não é diferente. Gosto imenso da partilha de experiências, de
músicas, desabafos, tudo! Adoro o que faço e quando se gosta do que se faz,
isso reflete-se!
É com
verdade que esta proximidade deve manter-se?
Se não for assim, nem vale a pena.
Quais
são as suas origens? Em que é que se revê?
Eu sou de Vila do Conde, uma cidade com praia,
linda de morrer. Adoro a minha cidade. Não vivi lá a minha vida toda, andei
sempre de um lado para o outro. Já vivi em vários sítios em Portugal e em dois
em Espanha. Também por isso conheço tão bem o nosso maravilhoso país e a sua
cultura que tanto adoro. Gosto imenso de morar em Lisboa mas sinto muita falta
dos meus pais, dos meus amigos de lá, mas faço por estar com todos tanto quanto
possível ao fim-de-semana. Penso que me revejo em muita coisa porque sou um mix
de tudo o que vivi. Fui muito feliz em Vila do Conde, em Alenquer, em Viseu, em
Barcelona, em Salvaterra (Espanha também) e amo Lisboa. Acho que posso dizer que
sou mesmo uma pessoa mais completa por ter amigos de sítios diferentes porque
com todos aprendo muitíssimo!
E em
televisão? Que programas se via a apresentar para além d’ A noite da má língua?
Adoro tudo o que seja infotainment. Julgo que
era onde seria realmente feliz. Informação e jornalismo está na base daquilo
que sou hoje. Poder comunicar com um toque mais leve seria perfeito!
Durante
dois anos apresentou o Curto-Circuito na SIC Radical. Consegue eleger os
melhores momentos?
Tantos. Os programas com o Unas porque é único,
talentoso e muito profissional. Os festivais, a adrenalina do direto é
impagável, não tem preço. Adoro diretos! J É muito
bom poder trabalhar com amigos e os meus colegas da altura são grandes amigos
até hoje.
Um direto num festival que atrás de mim,
começou um miúdo a despir-se. Totalmente insólito e divertido. Outro foi uma
serenata com dedicatória que me fizeram. Há sempre momentos muito giros, ou não
fosse um programa em direto e que também vivia do improviso.
O
Curto-Circuito é uma grande escola para quem anseia apresentar em televisão?
Sem dúvida alguma. E de diretos e como fazer
bem. Pode-se aprender muito se se mostrar trabalho e dedicação.
Aproxima-se
o casting para eleger dois novos apresentadores. Que conselhos deixa a quem vai
candidatar-se?
Que sejam competentes ao máximo e que se
divirtam. O CC vive disso. Ah e que sejam naturais e verdadeiros. Ah e
humildes!
Quem
são as suas referências televisivas?
É impossível passar ao lado da Cristina
Ferreira. É muito talentosa, uma excelente comunicadora. Sabe fazer daytime e
uma entrevista intimista com a mesma facilidade. Há poucos apresentadores
assim.
Para
muitas pessoas, a possibilidade de fazer televisão é utilizada como escape à
crise, nomeadamente em reality shows.
O que é que pensa disto?
Não tenho grande opinião. Acho que cada um deve
fazer aquilo que o faz sentir melhor e mais feliz. Se as pessoas procuram
reality shows sabem ao que vão e o que poderão colher daí. São opções tão
válidas como qualquer outra.
Há
ou não, do seu ponto de vista, uma crise de valores superior à crise
financeira?
Por vezes, sim. Infelizmente. A crise trouxe
algumas coisas que devemos olhar de forma positiva, como os novos negócios, a
importância do artesanato entre tantos outros. Esta é a análise que faço. Mas,
por outro lado, também temos pessoas mais invejosas, mais raivosas, incapazes
de partilhar com outros e de serem gentis. Pode ser que com a economia
portuguesa a recuperar, a sociedade também recupere os valores. Assim espero!
Perante
tudo isto, o que é que a faz ter esperança?
A vida! Sou uma apaixonada pela vida. Acho que
temos sempre que encontrar motivos para continuar, para lutar e para procurar a
felicidade.
Tenho muita esperança no futuro. No que está
para vir. Se assim não for, nem vale a pena andar cá. Sou muito nova, ainda há
tanto que quero fazer e conhecer na minha vida. Quero ser mãe, quero saber o
que é isso. Enfim, tanta coisa! Há tanto para desejar e almejar na vida!
A
Diana assume-se como uma pessoa proactiva. Daqui a dez anos, o que gostava de
estar a fazer?
Em televisão, um programa de infotainment giro,
divertido, inteligente e interessante. Gostava de ter uma empresa. O ramo de
negócio revelo mais tarde mas já sei qual é. Ter filhos e ser feliz junto de
quem mais amo!
Para
terminar, uma mensagem aos nossos e aos seus leitores.
Muito obrigada pela tua entrevista. Foi um
prazer responder às questões.
Quero deixar um beijinho a todos e que façam o
possível para serem felizes! Sem preconceitos, sem medos e com muita força! J
Agradecimento: Obrigado, Diana! Obrigado pela simpatia, pela disponibilidade e prontidão. Obrigado pela preocupação de fazer e responder bem à entrevista mesmo estando cheia de trabalho.
A minha opinião sobre a Diana Bouça-Nova: Muito talentosa! Pés bem assentes na terra, caminho definido, olhos postos num presente que se quer futuro e muita dedicação. Desde sempre que vejo a Diana com uma postura verdadeira, profissional, humilde e delicada. Sabe estar, sabe conversar e sabe o que faz. Prepara-se para fazer. Para mim, foi a maior descoberta (feminina) do programa da SIC Radical, Curto Circuito. Para mim, e suponho que para muitos, merece mais destaque. Merece ter espaço para crescer. Precisamos de ver na nossa televisão pessoas capazes, talentosas e munidas de verdade naquilo que fazem para os outros. Que não se perca a simplicidade. Simplicidade essa que a torna uma mulher ainda mais bonita. Parecem-me reunidas todas as condições para que se torne uma profissional de (mais) sucesso!
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