terça-feira, 18 de novembro de 2014

Há Tarde com Vanessa Oliveira



Fotografia retirada da Página de Facebook de Vanessa Oliveira



Vanessa Alexandra Oliveira, com 33 anos, é a nova cara das tardes da RTP ao lado de Herman José. A convite da Estação Pública saiu da SIC para aceitar aquele que é o seu maior desafio profissional. Dois meses depois, há opinião no Face to Face.

Bonita, segura, inteligente, atenta e profissional. Assim se pode caracterizar Vanessa Oliveira neste novo papel que assumiu em meados de Setembro e que está a abraçar da melhor forma.
Não é fácil estar ao lado do enorme Herman José mas a ex-apresentadora da SIC fá-lo muitíssimo bem, mostrando que sabe estar e sabe intervir, mesmo quando parece impossível no meio de tanta algazarra (das boas!) no programa.

Fotografia retirada do Facebook de Vanessa Oliveira
Tão divertida quanto séria, ela é das boas e sabe adaptar-se a tudo aquilo que se passa no programa. Para quem pensou que iria apagar-se por ter ao seu lado o mestre do entretenimento, a prova é dada todas as tardes de segunda a sexta-feira e ninguém lhe tira o mérito. Aos poucos, soube encontrar o seu lugar e a harmonia na parceria que muitos acharam descabida.

Também a sua transferência para a RTP foi muito criticada mas acabou por revelar-se a escolha certa. Tanto é que Há Tardes em que vencem a SIC, actualmente com João Baião, Andreia Rodrigues e Luciana Abreu. Mas, o que fica, e que é o mais importante para a RTP, é que existe um grande programa, belíssimos apresentadores e muita qualidade para quem assiste.


É caso para dizer que os cães ladram, a caravana passa e a Vanessa Oliveira brilha!
Parabéns, Vanessa!



Opinião de Filipe Carvalho

Conheça aqui a página oficial do facebook da apresentadora.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Cada Dia é Sempre Diferente dos Outros





Cada dia é sempre diferente dos outros, mesmo quando se faz aquilo que já se fez. Porque nós somos sempre diferentes todos os dias, estamos sempre a crescer e a saber cada vez mais, mesmo quando percebemos que aquilo em que acreditávamos não era certo e nos parece que voltámos atrás. Nunca voltamos atrás. Não se pode voltar atrás, não se pode deixar de crescer sempre, não se pode não aprender. Somos obrigados a isso todos os dias. Mesmo que, às vezes, esqueçamos muito daquilo que aprendemos antes. Mas, ainda assim, quando percebemos que esquecemos, lembramo-nos e, por isso, nunca é exactamente igual.

— Porquê, pai?

— Porque a memória não deixa que seja igual, mesmo que seja uma memória muito vaga, mesmo que seja só assim uma espécie de sensação muito vaga. É que a memória não é sempre aquilo que gostaríamos que fosse. Grande parte dos nossos problemas estão na memória volúvel que possuímos. Aquilo que é hoje uma verdade absoluta, amanhã pode não ter nenhum valor. Porque nos esquecemos, filho. Esquecemos muito daquilo que aprendemos. E cansamo-nos. E quando estamos cansados, deixamos de aprender. Queremos não aprender por vontade. Essa é a nossa maneira de resistir, mais ou menos, àquilo que nos custa entender. E aquilo que nos custa entender pode ter muitas formas, pode chegar de muitos lugares.

— Porquê, pai?

— Porque nos parece que é assim. Mas talvez não seja assim. Aquilo que nos custa entender é sempre uma surpresa que nos contradiz. Então, procuramos convencer-nos das mais diversas maneiras, encontramos as respostas mais elaboradas e incríveis para as perguntas mais simples. E acreditamos mesmo nelas, queremos mesmo acreditar nelas e somos capazes. Somos mesmo capazes. Não imaginas aquilo em que somos capazes de acreditar.

— Porquê, pai?

— Porque temos de sobreviver. Porque, à noite, a esta hora, temos de encontrar força para conseguirmos dormir, descansar, e temos de acreditar que no dia seguinte poderemos acordar na vida que quisemos, que desejámos. Temos de acreditar que poderemos acordar na vida que conseguimos construir e que essa vida tem valor, vale a pena. Muito mais difícil do que esse esforço é considerarmos que fomos incapazes, que não conseguimos melhor, que a culpa foi nossa, toda e exclusiva.



José Luís Peixoto, in 'Abraço'